sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Apenas dois exemplos num só dia a provarem cabalmente que o PAICV governa à vista.

É de se salientar que, até ao momento, apesar da muita propaganda efectuada, quase nada foi feito por este Governo com vista a apoiar as Câmaras Municipais dos municípios fustigados pelas intempéries, a repor uma normalidade mínima. O máximo que já fez é manter as viagens e estadias de Manuel Inocêncio e sua equipa à Ribeira Brava. De resto, os sofredores continuam a espera dos apoios do governo. Não fossem outros apoios sabe-se lá o que não lhes teria acontecido



Este governo, por se encontrar em fim de ciclo, vem no seu dia a dia a dar claramente mostras de cansaço, num vazio governativo que de entre uma ou outra operação de charme no estrangeiro (tais como uns Honoris Causa ou almoços com Obama), não vem senão tomando medidas paliativas e ao sabor dos acontecimentos conforme os ventos vão soprando, abandonando o cidadão comum à sua sorte.

Senão vejamos estes dois exemplos:

- Ontem na comunicação social vem o Sr. Ministro da Saúde anunciar, como se de uma grande medida programada por este governo se tratar, de que Cabo-verde vai se dotar de autonomia em termos de análises de virologia, libertando-nos da prática actual de se socorrer a países terceiros (Senegal) para o efeito.

Ora pergunta-se, não tivesse havido estes surtos virosais de “sacudim alam ta bem” este governo lembrar-se-ia do seu papel, de trabalhar atempadamente para que Cabo Verde mantenha os seus bons indicadores na área da saúde, aliás indicadores estes que vêm mesmo desde períodos antes da independência?

- Por outro lado, a nossa porta-voz do Conselho de Ministros, vem anunciar com pompa e circunstância de mais uma medida espectacular do PAICV, de dotar o país de um fundo nacional de emergência para se socorrer em tempos de calamidade.

Volta-se a perguntar, não fosse os tristes acontecimentos principalmente em São Nicolau, lembrar-se-ia este governo de cumprir com o seu papel de garantir a protecção civil e fundos mínimos para casos de calamidade pública?

É de se salientar que, até ao momento, apesar da muita propaganda efectuada, quase nada foi feito por este Governo com vista a apoiar as Câmaras Municipais dos municípios fustigados pelas intempéries, a repor uma normalidade mínima.

Daria uma sugestão como cidadão. Quando é para tomar medidas que põem claramente a nu o despreparo deste governo (embora seja feita muita propaganda contrária), pelo menos tenha-se o cuidado de as tomar sem grandes alaridos, em respeito à inteligência deste povo.

É claro que para a calamidade pública maior, o desemprego, aqui o governo não tem qualquer ideia, capacidade ou eficácia.

O que se pede a Deus, é que nos proteja, porque este governo já deu provas claras da sua incapacidade.
Carlos Monteiro

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