Praia, 12 Agosto-“Encorajamento pelas dificuldades em encontrar trabalho, encorajamento pela dificuldade em obter bolsas de estudo, encorajamento pelo desacompanhamento social, encorajamento pela dificuldade em obter financiamento bancário, encorajamento pela dificuldade em obter uma habitação condigna, encorajamento para ser mais empreendedor, enfim ser capaz de ser independente deste governo, que não apoia, que não traduz qualquer esperança e muitas vezes dificulta o sucesso dos jovens”,palavras de alento do presidente da juventude para a democracia, Miguel Monteiro, endereçadas, hoje, aos jovens Cabo-verdianos, num dia em que se comemora o dia internacional da juventude.
Miguel Monteiro que se regozija com a efeméride, valeu da conferência de imprensa, dada, esta manhã, na cidade da Praia, para responsabilizar o governo pela violação das dez prioridades para a juventude, decretadas pela ONU: educação, emprego, fome e pobreza, saúde, ambiente, toxicodependência, delinquência juvenil, ocupação de tempos livres, juventude do sexo feminino, e completa e efectiva participação da juventude nas tomadas de decisão e na vida social
Para Monteiro, apesar do caminho já percorrido desde a independência, muitas são as dificuldades que os jovens Cabo-verdianos, ainda, encontram, e que vêm a agravar-se nos últimos anos. Exemplos disso, apontou ele, são, entre outros, as dificuldade em continuar os estudos universitários por carências económicas, a taxa de desemprego para a juventude na ordem dos 40%; o aumento da delinquência juvenil que prolifera nos principais centros populacionais e a carência de espaços para ocupação de tempos livres.
Na óptica do cabeça da juventude para a democracia, “esta situação é uma clara consequência do abandono e inércia que este governo nos vem habituando, sem a prossecução de uma política integradora e motivadora da juventude”.Aliás fala-se em “mundo novo”, em “casa para todos”, em “soldado cidadão”, mas o que a sociedade percepciona é que o país tem um governo sem rumo, sem ideias, e principalmente virado para a demagogia e propaganda, sem qualquer competência para a resolução dos problemas da juventude.
A JpD que se assume como parceira inseparável, na defesa intransigente dos deveres e direitos dos jovens advoga uma maior e efectiva participação da franja, no processo de desenvolvimento do arquipélago. Segundo Miguel Monteiro “o que nós precisamos é de mais emprego, mais e melhor formação, maior acesso ao crédito a juros bonificados, mais atenção para os jovens marginalizados, habitação condigna e acessível a todos, maior apoio cultural e desportivo, maior apoio aos jovens empresários”.
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