O intercâmbio que ora se realiza, tem como propósitos estreitar as relações entre a JpD Paul e a JpD Porto Novo, reflectir sobre os problemas que afligem a juventude desta ilha e apresentar propostas para a resolução dos mesmos. É nesse âmbito que a JpD Paul, analisando a situação por que passa a juventude do Concelho do Paul, preocupada e empenhada em contribuir para a resolução dos problemas que actualmente preocupam os jovens, torna público o seguinte comunicado:A JpD- Paul, manifesta-se bastante preocupada e indignada face ao desempenho da Câmara Municipal, em especial do trabalho desenvolvido pelo pelouro da Juventude, pelo desnorte do vereador responsável em matéria de política da Juventude, facto que leva os Jovens Paulenses a atribuírem nota negativa a referida vereação. Senão Vejamos:
No que tange as infraestruturas desportivas existentes no Concelho, e aos projectos da Câmara municipal em requalificar os mesmos, começaríamos por apontar o caso do polivalente de Cabo de Ribeira, uma das contempladas com obras de beneficiação, mas que pelo andar das mesmas, acaba-se por estar envolvida numa série de falhanços do executivo Camarário, num claro desrespeito para com a juventude de Cabo de Ribeira:
1- O primeiro falhanço da Câmara nesta matéria prende-se pelo facto de terem anunciado o arranque das obras em plenas férias de verão, época em que os jovens se juntam em maior número para desenvolver actividades de carácter desportivo, culturais e recreativos;
2- A segunda falha reside na morosidade de execução das obras, cujo prazo do seu término a muito expirou, o que tem motivado uma enorme onda de descontentamento e mal-estar no seio dos jovens de Cabo de Ribeira que esperam e desesperam pela conclusão das mesmas, pelo facto de ser a única infraestrutura desportiva existente na localidade onde diariamente reúnem-se para praticar desporto e fugir, assim, de alguns males sociais.
3- O Terceiro falhanço tem que ver com o número de pessoas empregadas na referida obra, daí que questionamos o porque de estarem apenas quatro pessoas a trabalharem nesta requalificação, quando deveriam ser criadas mais postos de trabalho no sentido de empregar mais jovens, contribuindo desta forma para debelar o problema do desemprego que grassa no concelho.
No que se refere aos polivalentes de Pontinha e Fajã de Janela que também beneficiaram de obras de requalificação, esperava-se que edilidade fizesse intervenções de fundo como havia anunciado e prometido aos jovens dessas localidades e que não se fizesse apenas reparações de cosmética.
No tocante ao Estádio Municipal, uma das principais promessas feitas a juventude do Concelho, esta releva-se numa grande incógnita, visto que pelo andar que as obras decorrem a juventude paulense já não acredita se essa promessa será cumprida neste mandato, adiando desta forma a realização do tão acalentado sonho destes em praticar futebol num campo relvado a semelhança do que acontece com as juventudes dos concelhos da Ribeira Grande e Porto Novo.
Num Concelho onde existem dois clubes federados, e na impossibilidade destes treinarem no antigo campo de futebol de “Estanca”, não se compreende o por quê da Câmara Municipal não ter criado condições alternativas para que estes pudessem realizar os seus treinos, e estarem desta forma melhor preparados para participar e representar condignamente o concelho no campeonato regional, e repetir o feito conseguido na época transacta, e termos mais uma vez um representante no campeonato nacional de futebol, o que de certa forma iria contribuir para projectar a imagem e o nome do concelho no panorama nacional.
A nosso ver, uma das alternativas de treino para essas equipas passaria pela requalificação o campo de Ribeira de Penedo, infraestrutura essa que por incúria e inépcia da câmara municipal não oferece as mínimas condições para a prática desta modalidade, desportiva, facto que estranhamos e lamentamos, pois, numa das sessões da Assembleia Municipal do ano findo, o vereador responsável pela área assegurou que no mês de Agosto passado, o campo estaria em perfeitas condições para os jovens de janela se dedicarem a pratica do futebol, e que caso isso não se concretizasse, fugia do concelho. Lembra-se Senhor vereador?
Com um executivo que é um desastre em matéria de política desportiva, é justo que a JpD, deixe a sua solidariedade aos atletas que persistem na prática desportiva mesmo sem condições e aos clubes desportivos que lutam diariamente contra inúmeras dificuldades e a indiferença da autarquia.
Outro facto revelador da falência de ideias e de medidas de politica para a nossa Juventude, prende-se com o associativismo juvenil no Concelho que está moribundo, pois não há apoios, nem actividades direccionadas as agremiações juvenis, o que demonstra a incapacidade total da autarquia em ser parceira destas.
A JpD-Paul, manifesta-se igualmente preocupada com o desemprego que aumenta cada vez mais nos jovens, com a falta de qualidade de vida, falta de espaços de lazer, cultura e recreio para os jovens.
As oportunidades para os jovens são cada vez mais escassas e é cada vez maior o número de jovens que sem horizontes no nosso Concelho são forçados a procurar melhores condições de vida fora do Paul.
Estes são alguns exemplos paradigmáticos da ausência de uma política de juventude e da absoluta insensibilidade da Câmara Municipal para os problemas dos jovens paulenses.
Para criar condições para os jovens se fixarem no Paul e aspirarem a um futuro melhor a JpD, defende, entre outros compromissos, uma aposta forte na educação e formação profissional, na captação de investimentos em áreas inovadoras e que signifique mais emprego, na criação de uma agenda cultural e desportiva para tornar o concelho mais estimulante.
Uma outra estratégia para resolução dos muitos problemas que afligem a juventude do nosso Concelho, seria a criação do Conselho Municipal da Juventude, que será por excelência, um fórum de debate, órgão de apoio, de informação e consulta, junto da Câmara Municipal, e de onde partem acções para a resolução dos problemas locais e constituir numa mais-valia para que as associações de juventude e os jovens do Paul, possam ter desta forma, vez e voz.
Com um executivo que é um desastre em matérias de políticas de juventude, pelo deserto de ideias que este pelouro se transformou e pela total falta de iniciativas e desenvolvimento de actividades vocacionadas para a juventude paulense, esta não se revê na actual gestão municipal e em especial do pelouro em destaque. Um pelouro sem políticas de juventude, pois não existem metas para o sector, não existe liderança institucional.
Com tantos planos e programas falhadas, a JpD- Paul, gostaria de perguntar ao Sr. Vereador, se é que este existe, para quando o tão propalado “motor de arranque” para a juventude paulense?
Não terminariamos sem reafirmar a nossa abertura ao diálogo em prol da juventude paulense, a nossa disponibilidade enquanto oposição democrática e vigilante, sempre no pressuposto que os superiores interesses e bem-estar da juventude, sempre foi e continuará a ser o principal motivo da nossa acção política.
Paul, 06 de Março de 2010
A Comissão Politica Concelhia
// Danivio Sousa Lima//
-Coordenador-
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